O cimento é um dos materiais mais importantes para a construção civil e amplamente utilizado em diversas fases de obras de diferentes portes. Consiste em um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação da água.
O desenvolvimento desta mistura ao longo do tempo e o aprimoramento de técnicas e fornos permitiram abrir caminho para novas conquistas na construção civil, possibilitando a criação de novas formas e dimensões e obras arquitetônicas cada vez mais ousadas.
O cimento Portland, mais utilizado nos dias de hoje, foi criado nos anos 20, na Inglaterra, mas supõe-se que o material já tinha sido notado pelo homem pré-histórico, que ao colocar pedras nas proximidades das fogueiras, percebia que estas soltavam um pó que endurecia depois, com a umidade do sereno durante a noite. Conheça mais sobre a história dos artefatos de cimento:
A arquitetura monumental do Antigo Egito já se utilizava de uma liga de gesso calcinado que é, de certa forma, a origem do cimento. As pirâmides do Egito são, assim, uma das mais antigas evidências do uso deste material pelo homem.
O desenvolvimento deste material tem como base a necessidade do homem em romper as barreiras impostas pelas construções de barro e pedra.
Também os gregos e os romanos fizeram uso de materiais semelhantes ao cimento: monumentos como o Panteão e o Coliseu, em Roma, apresentam em sua construção um tipo de cimento mais sofisticado, composto por uma mistura de areia, calcário calcinado, cinzas vulcânicas e pedaços de telha.
As informações que gregos e romanos possuíam sobre a resistência desta argamassa eram mínimas e sua fórmula, um segredo tão importante, acabou por desaparecer com a desarticulação destes povos.
Durante a Idade Média não foram dados muitos passos no desenvolvimento da tecnologia deste material e sua qualidade era ainda pior do que a dos povos antigos, de forma que sua fórmula teve que praticamente ser recriada.
Assim, somente no século XVIII, o material voltou a ganhar novas características. Em 1758, o inglês John Smeaton foi incumbido de desenvolver um cimento que fosse capaz de resistir à ação erosiva da água do mar.
Ele empregou uma cinza vulcânica proveniente da Itália, conhecida como pozolana. Esta mistura foi utilizada para a construção do Farol de Eddystone, na Inglaterra e já apresentava excelente qualidade.
Em 1976, James Parker desenvolveu um novo tipo de cimento, obtido a partir da calcinação de nódulos de calcário impuro, contendo argilo. Conhecido como cimento Parker ou cimento romano, foi testado de diferentes formas e aprovado para as obras de construção civil.
O cimento Portland é o tipo mais utilizado na construção civil nos dias de hoje. Foi desenvolvido em 1824 pelo inglês Joseph Aspdin e recebeu este nome como referência às rochas da ilha britânica de Porltland.
A grande inovação trazida por Aspdin na produção do cimento foi a utilização de temperaturas elevadíssimas no forno, que garantiam maior qualidade ao produto.
Nos dias de hoje, o cimento Portland apresenta grande versatilidade de aplicações e produção rigorosamente controlada, seguindo princípios pré-estabelecidos de forma a garantir sua qualidade.
A primeira fábrica de cimento Portland no Brasil data de 1926 e recebeu o nome de Cia Brasileira de Cimento Portland. Atualmente, o país se encontra entre os oito maiores produtores do mundo, com uma das tecnologias mais avançadas para a produção do cimento.
Com o passar do tempo, as propriedades deste material vêm evoluindo com o emprego de aditivos que potencializam as características desejadas.
Você já conhecia a história do cimento e sua importância para a construção civil nas diversas fases da humanidade? Compartilhe suas experiências conosco nos comentários!
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