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16 • JANEIRO • 2017 | POR: ADMINISTRADOR

Uso de piso drenante nos estádios das Olimpíadas

Ao se candidatar para sediar os Jogos Olímpicos, tanto de inverno quanto de verão, as cidades devem apresentar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) os princípios ambientais e de desenvolvimento sustentável que orientam o seu projeto.

Estes dados constam na submissão da documentação exigida e são avaliados por uma equipe composta por assessores ambientais do comitê.

A sustentabilidade foi, assim, aspecto fundamental do planejamento dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com projetos de estádios e instalações voltados para o uso racional dos materiais, a economia de energia e de recursos monetários relacionados à sua construção e manutenção.

Neste contexto, o pavimento drenante surgiu como excelente solução para as áreas externas do Parque Olímpico e dos estádios. Vale lembrar que o piso drenante é utilizado também em obras em Goiânia. Confira:

Piso drenante no Parque Olímpico

A área do Parque Olímpico, localizada na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro, tinha como ideia principal aproveitar a estrutura já existente desde os Jogos Panamericanos de 2007 e construir as demais arenas e espaços necessários de forma racional, evitando os “elefantes brancos” e deixando estes espaços como legados para a cidade.

Neste contexto, o piso drenante foi utilizado como material para o calçamento da área, contribuindo para evitar possíveis inundações decorrentes de chuvas fortes e reduzir o efeito “ilha de calor” nos dias mais quentes.

Os pavimentos permeáveis podem reduzir em até 7ºC a temperatura dos ambientes onde são instalados porque apresentam cores claras que reduzem a absorção do calor em sua superfície.

Além disso, a solução foi adotada como forma de garantir a acessibilidade e a segurança no Parque Olímpico, já que são antiderrapantes e adequados ao acesso de cadeirantes.

Estádios Olímpicos também tiveram piso drenante

Também no entorno dos estádios e arenas, o piso drenante foi adotado como solução de pavimentação, evitando poças e contribuindo para o direcionamento direto da água à rede pública.

No Centro Olímpico de Tênis, por exemplo, o projeto arquitetônico adotou um sistema modular, com ênfase na arquitetura bioclimática, de forma a reduzir o consumo de energia do edifício e garantir o conforto dos usuários em suas dependências.

As áreas externas do centro foram pavimentadas com piso drenante, contribuindo para o escoamento da água em seu entorno e garantindo maior permeabilidade ao solo.

Empreendimentos como arenas esportivas e estádios demandam uma grande quantidade de insumos, energia e recursos monetários, envolvendo fatores como coberturas, envoltórias, gramados, mobiliário, climatização, automatização predial, iluminação, etc.

A busca pelo conforto e por soluções sustentáveis se dá, assim, não somente no sentido de atender as especificações do Comitê Olímpico Internacional, mas também de reduzir custos e garantir projetos eficientes e ambientalmente corretos.

Neste sentido, o pavimento permeável ganhou espaço nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro como solução para os pisos do Parque Olímpico e do entorno de arenas e estádios, evitando a impermeabilização do solo, reduzindo as temperaturas nestes locais e contribuindo para o escoamento da água das chuvas, garantindo uma superfície segura e acessível para os usuários.

Você já conhecia os usos do piso drenante nos espaços das Olimpíadas do Rio de Janeiro? Compartilhe suas experiências conosco nos comentários!

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