Há décadas, a necessidade de se encontrar formas alternativas para a coleta de lixo convencional e minimizar os custos e os impactos ambientais dessa operação têm levado os pesquisadores a desenvolverem inúmeras tecnologias. Uma delas é o sistema de coleta pneumática de lixo, que suga os resíduos residenciais e comerciais por sucção e os leva até as centrais de coleta através de tubulações subterrâneas.
Hoje, são mais de mil sistemas espalhados por todo o mundo, incluindo cidades como Paris, Londres, Hong Kong, Nova Iorque, Copenhagen e Madri. Alguns estão implantados em aeroportos e hospitais, enquanto outros estão instalados em vias públicas e empreendimentos imobiliários. Para lhe explicar melhor como funciona esta incrível tecnologia, preparamos este post, que mostrará as suas características e os benefícios que ela proporciona. Veja:
Antes de lhe explicarmos como funciona essa tecnologia, precisamos informar como ela surgiu. O método de coleta por sucção foi inventado na Suécia em 1961 e implantado pela primeira vez em um hospital. Passados quatro anos, o sistema foi inserido em um programa nacional de construção de moradias populares em um município de Estocolmo e passou a atender quase quatro mil residências naquela época.
Devido aos seus benefícios econômicos e ecológicos, muitas cidades, aeroportos, hospitais, parques temáticos e até cozinhas industriais do mundo inteiro começaram a adotá-lo. Barcelona, por exemplo, investe na coleta por sucção desde 1992. Hoje, tanto a administração pública como 26% da população dessa grande cidade se beneficia dos 42 quilômetros de rede de tubulação subterrânea e das 8 centrais de coleta.
Do ponto de vista tecnológico, o princípio de funcionamento do sistema da atualidade é praticamente igual ao da década de 60. Porém, muitas empresas vêm aperfeiçoando-o nos últimos anos, adicionando novas tecnologias que o tornam ainda mais ecológico e eficaz. Os 2,1 mil coletores espalhados por Barcelona separam os resíduos em orgânico, vidro, papel e plástico, o que não ocorria na época em que o sistema foi implantado.
O seu funcionamento é bem simples. Após o indivíduo descartar seus resíduos em algum ponto de coleta ou deposição, eles ficam armazenados temporariamente em depósitos. Em determinados momentos do dia, um fluxo de ar que atinge velocidades de 60 a 80 km/h sugam os resíduos e os transportam através de um tubo instalado no subterrâneo da região até o terminal de coleta, que está situado a uma distância de 2 quilômetros do ponto de coleta.
A velocidade na qual os resíduos são transportados podem chegar a 25 m/s (metros por segundo), dependendo da sua densidade e da distância a ser percorrida. Após chegarem ao terminal, eles são depositados e compactados em contêineres que, quando cheios, são levados para os locais de tratamento. Vale lembrar que os terminais comprem duas funções: manter a rede com as pressões de ar e concentrar e compactar os resíduos em contêineres.
O ponto de deposição é o local onde os habitantes podem colocar seus resíduos. A capacidade de estocagem de cada ponto varia de acordo a demanda de resíduos que ele irá receber. Eles podem ser equipados com leitores de cartão magnético, que registram as informações dos resíduos depositados por cada usuário, e suas comportas podem ser personalizadas para atender aos requisitos ergonômicos e arquitetônicos de cada projeto.
Os tubos utilizados no transporte dos resíduos são feitos de aço carbono em diferentes espessuras, dependendo da demanda de resíduos e do nível da erosão que eles são expostos. Como as curvas das tubulações são bastante sensíveis, elas são fabricadas com aço boro. Os tubos também são revertidos por uma capa de polietileno de alta densidade e utilizam ânodos ou proteção catódica para reduzir os efeitos da corrosão.
Para residências, as tubulações são enterradas a 1,5 metros abaixo do nível da rua. Mas, na maioria das implantações, a profundidade chega a 3,5 metros. Quanto às manutenções, elas podem ser realizadas pelos técnicos dentro do próprio tubo, desde que ele tenha uma dimensão de no mínimo 500 mm (milímetros). Mas em canos de 400 mm ou menos, o reparo deve ser feito externamente. Neste caso, a abertura de trincheiras se faz necessária.
A central de coleta é a responsável por toda a operação de coleta dos resíduos. Além de enviar comandos para todo o sistema e prover o ar comprimido necessário para a correta operação, ela reúne os equipamentos necessários para a separação do ar/resíduos sólidos, compactação dos diferentes tipos de materiais coletados e estocagem temporária de resíduos. A central também é preparada para estocar uma demanda de resíduos por até 48 horas.
A coleta por sucção representa o futuro da coleta de resíduos. Com o crescimento da população urbana e de seu consumo desenfreado, a quantidade de resíduos continuará aumentando. Chegará uma hora que a coleta tradicional de resíduos, realizada por caminhões, não conseguirá mais atender as necessidades da população, e a coleta pneumática entrará em cena. Abaixo, listamos alguns benefícios que essa modalidade de coleta pode gerar:
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