Um olhar sobre os materiais da construção civil para minimizar o impacto ambiental é uma preocupação latente nos dias de hoje. A baixa emissão de carbono, uso eficiente dos recursos hídricos e sustentabilidade ambiental tornam-se uma mais-valia dentro desse mercado. Dentro dessa proposta o estado de Santa Catarina se destaca como pioneiro na utilização de mariscos, mexilhões e outros moluscos para a fabricação de blocos verdes para a construção ou blocos ecológicos.
O projeto foi contemplado pelo Programa de Inovação das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Além do uso em blocos, as cascas das ostras podem ser usadas na fabricação de outros itens da construção civil, como pisos, ladrilhos e outros revestimentos.
O Brasil produz 140 toneladas de lixo por dia, mas apenas dois por cento são reciclados. Por isso a enorme necessidade de reaproveitar o que é jogado fora. Para cada quilo de ostras e mexilhões consumidos, cinco quilos de cascas são jogados descartadas, um lixo que na maioria das vezes acaba voltando para o mar. O acúmulo desses resíduos, principalmente numa região que tem sedimentos lodosos, tem influência direta na fauna e na flora do local que acaba tendo que se readaptar ou acaba por atrair outras espécies animais para a região.
A matéria-prima obtida na produção de moluscos foi conseguida através de um acordo entre a Blocaus e a Fundação do Meio Ambiente do município de Florianópolis.
A prefeitura é responsável por recolher os restos de maricultura e transportá-los para a empresa, onde são armazenados. As casacas passam por um processo de lavagem e dessalinização com o uso de uma betoneira. Após esse processo, são secadas ao sol. Após a secagem as cascas são acondicionadas para o processo de moagem.
As cascas moídas são usadas para fazer blocos de concreto e pavimento. O pó resultante dessa trituração substitui partes dos insumos na fabricação dos blocos como a areia e o cimento, que são grandes vilões do meio ambiente. As conchas moídas representam de vinte a trinta por cento dos blocos.
O tijolo prensado deve atender aos seguintes requisitos: ter estrutura compacta e uniforme, não possuir deformação, rachaduras ou bordas afiadas.
Os blocos verdes são mais resistentes que os blocos de concreto convencionais, mais leves, proporcionam um melhor isolamento acústico e absorvem até seis vezes menos umidade. Os blocos verdes também representam redução do preço total de uma construção: se comparado ao bloco convencional, o bloco verde chega a ser até oitenta por cento mais barato.
Os blocos podem ser usados
Matéria prima não deve faltar. Só a região de Santa Catarina responde hoje por cerca de setenta por cento da produção de ostras no país e produziu no ano passado oito toneladas de ostras e mexilhões.
Mesmo que ainda incipiente no Brasil, a tecnologia do concreto permeável ou poroso, vem cada vez mais, sendo mais adotada por projetistas e construtores. Sua extrema aceitação no mercado surge por ser uma alternativa viável e econômica para aumentar a permeabilidade dos terrenos em áreas submetidas a cargas reduzidas.
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