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19 • SETEMBRO • 2017 | POR: ADMINISTRADOR

Pavimentação de estacionamento: qual melhor material escolher?

As empresas da construção civil e estacionamento de hoje em dia tem trabalhado constantemente e investido bastante tempo e recursos para atender as exigências do seu público que são cada vez maiores. Novas tecnologias surgem constantemente, visando trazer principalmente economia, eficiência e sustentabilidade.

A busca por imóveis com diferenciais de qualidade, materiais modernos, arquitetura única, sustentabilidade, preços competitivos é o grande propulsor das mudanças e inovações que temos observado nas últimas décadas.

Nesse sentido, a grande variedade de materiais disponíveis faz com que os engenheiros e arquitetos tenham cada vez mais opções na hora da escolha. E no caso da pavimentação de áreas de estacionamento não é diferente.

Condomínios, shoppings, centros de convenções, arenas esportivas, prédios públicos, enfim, são inúmeras as construções que precisam de grandes áreas para manobrar e guardar veículos e, assim, surge a dúvida: qual é o melhor material para ser utilizado na áreas de estacionamento?

Neste texto vamos explorar as opções mais utilizadas, tirando todas as dúvidas sobre instalação, manutenção, durabilidade e outras características para ajudar você na hora da decisão.

PAVIMENTAÇÃO DE ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

Sabemos que os estacionamentos são grandes áreas abertas, expostas às intempéries como sol e chuvas, e que precisam suportar as cargas que estarão atuando sobre ele. Por isso, independentemente do tipo de material escolhido, os trabalhos de reconhecimento e estudo de solo, compactação e preparação de sub-base são fundamentais.

A importância da preparação do terreno

O estudo do solo, e preparação do terreno são os passos iniciais de qualquer projeto de pavimentação. O solo é responsável por absorver e distribuir os esforços da área pavimentada, e por isso um terreno sólido e bem estruturado é a garantia de uma pavimentação de qualidade.

Os estudos e serviços prévios são realizados por profissionais especializados, e assim podem garantir a estabilidade do solo, a durabilidade do estacionamento, e a segurança para a utilização.

Depois de feita a preparação do solo, a escolha do material deve levar em consideração o uso do estacionamento, os tipos de veículos (leves e pesados) que estarão circulando, o ambiente de exposição, o tipo de manutenção que deverá ser realizada, os custos, e a mão-de-obra que executará o serviço.

Asfalto

O asfalto é uma das escolhas mais comuns para áreas de estacionamento. Uma das suas principais características positivas é a sua alta flexibilidade, e uma boa relação de custo-benefício para áreas grandes.

Esse tipo de material é capaz de acompanhar melhor as movimentações devido à movimentações térmicas (contrações e retrações devido ao calor), não sendo necessário a execução de juntas de dilatação.

As juntas de dilatação são pontos críticos em qualquer estrutura, pois se mal-dimensionadas e mal-executadas são grandes as chances da ocorrência de falhas e consequentemente isso gera custos de manutenção. Além disso, a própria execução de juntas pode ser onerosa e demorada, tornando mais complexo o processo de execução.

A manutenção para reparos pontuais na pavimentação de asfalto também é permitida, e é, inclusive, bastante comum. Em média, a garantia de um piso asfáltico é de 5 anos, e fatores como qualidade do material e execução do serviço são cruciais.

Esse tipo de material é indicado para áreas maiores, pois a mão-de-obra e maquinário para execução de um pavimento asfáltico tem custos mais elevados, além de a preparação prévia do solo também ser mais complexa. O próprio tamanho das máquinas pode ser um fator que contribui para que este tipo de pavimentação não seja vantajosa em algumas situações.

Além disso, a área pavimentada se torna totalmente impermeável, e é preciso tomar os cuidados necessários para garantir o escoamento e drenagem da água das chuvas para evitar alagamentos.

➡ Prós: Flexibilidade, permite reparos pontuais, facilidade de encontrar no mercado, bom custo-benefício para grandes áreas

➡ Contras: Baixa durabilidade, necessário maquinário pesado, impermeabilidade

Concreto

O concreto é um dos materiais mais utilizados na construção civil em geral, e é bastante comum utilizado também, tanto para áreas internas como externas. Este material tem como principais vantagens a elevada resistência à compressão e a possibilidade de ser moldado conforme necessidade no local.

Também pela facilidade de ser encontrado no mercado, e a mão-de-obra também ser abundante, o concreto se torna uma excelente escolha. É um material que é capaz de oferecer resistência e alta durabilidade, desde que os serviços sejam executados de maneira correta.

O concreto não é considerado uma material flexível, isto é, quando está sujeito à grandes movimentações começam a surgir fissuras e trincas, e por isso devem ser feitas as juntas de dilatação.

Como já sabemos, o concreto é um material que quando está sujeito às variações volumétricas térmicas (expansão e contração) sofre com as deformações plásticas, que promovem fissuras, trincas e desplacamentos. Nesse sentido, as juntas de dilatação são pontos de alívio de tensão, onde o concreto pode expandir e contrair, sem que estes movimentos causem fissuras.

A execução desse tipo de pavimento em um estacionamento deve ser feita, preferencialmente, com concreto usinado, visando assim garantir uniformidade, padronização e a resistência determinada no projeto.

Diferentemente do concreto utilizado para calçadas e passeios e em locais de tráfego apenas de pedestres, é essencial que o concreto seja armado, garantindo assim a resistência aos esforços de flexão e torção.

A pavimentação de concreto armado, também conhecido com pavimento rígido, tem excelentes parâmetros de durabilidade, resistência e baixa manutenção ao longo de bastante tempo de uso. Contudo, os custos iniciais são altos quando comparados com o asfalto, e demandam mais tempo para execução.

➡ Prós: Maior durabilidade, alta resistência, maior garantia entre todos os tipos de pavimentação.

➡ Contras: Custo inicial elevado, Baixa flexibilidade, necessidade de juntas de dilatação e armação, impermeabilidade

Paver

Paver é o nome dado aos blocos pré-moldados de concreto utilizados para pavimentação. As espessuras variam de acordo com a necessidade, e consequentemente também os custos. A pronúncia correta é “peiver”, como é falado no inglês.

Em Goiânia e demais regiões do estado de Goiás também é possível encontrar variações de nome como tijolo de concreto, tijolinho de concreto, bloquete, bloco de concreto para piso.

É possível utilizar pavers desde calçadas com tráfego apenas de pedestres até o uso em áreas com tráfego de veículos pesados. Conforme a utilização, os traços e as espessuras variam.

Diferentemente do concreto tradicional e do pavimento asfáltico, o paver é instalado de maneira intertravada: isso significa dizer que o atrito lateral entre as peças que garante a estabilidade e resistência do pavimento como um todo. Neste processo o concreto é submetido à esforços de compressão, aos quais ele responde de maneira muito eficiente, e o processo de intertravamento confere ao paver características de uma pavimentação semi-flexível

O paver resolve o problema da falta de flexibilidade do concreto comum devido a sua forma de aplicação. As peças instaladas são capazes de acompanhar bem as movimentações das estruturas, e os próprios encontros entre elas são as juntas de dilatação.

A instalação do paver é muito rápida, sendo o liberado o tráfego para veículos tão logo o serviço é finalizado. Os pavers são comercializados em diversas cores diferentes, além de possibilitar diferentes paginações conforme a necessidade do usuário. E como as cores são obtidas através da adição de óxidos, a coloração é permanente e não desbota ao longo do tempo como as pinturas superficiais.

Os custos com a mão-de-obra e de instalação do produtos são baixos, e é possível executar até 150m² por dia de serviço por equipe. Os pavimentos de estacionamento feitos com pavers tem sido bastante utilizados por toda a sua versatilidade, rapidez, e garantia a longo prazo.

➡ Prós: Facilidade de execução, liberação imediata para o tráfego de veículos, flexibilidade, durabilidade, possibilidade de reparos pontuais, custo inferior ao concreto armado moldado in loco.

➡ Contras: Manutenção para surgimento de matéria orgânica.

O Unistein é um piso intertravado com 16 faces. Seguindo todas as características positivas do paver, com o adicional de maior área de contato entre as peças.

Essa características aumenta o poder de intertravamento, e consequentemente a resistência. Esse tipo de pavimentação é recomendada para áreas de tráfego intenso, especialmente quando há trânsito de veículos pesados.

Ecodreno – Exclusividade Tetracon

O EcoDreno é um material permeável que é utilizado na pavimentação de áreas de estacionamento. Uma exclusividade da Tetracon na região de Goiânia, o Ecodreno é uma excelente solução para quem busca aumentar a área de permeabilidade, mas sem perder a comodidade de um pavimento rígido para tráfego de pessoas e veículos.

Seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade de fabricação, o Ecodreno é instalado de maneira similar ao paver e ao unistein 16 faces, também permitindo a liberação imediata ao tráfego.

Bloquete Sextavado

O bloquete sextavado tem esse nome justamente pela sua geometria, composta por 6 faces. Também é um elemento pré-moldado de concreto, e é bastante presente especialmente na pavimentação de ruas em cidades pequenas.

Este tipo de material surgiu inicialmente para substituir o uso de pedras para pavimentação de ruas nas cidade, especialmente no momento de transição para os carros. O bloquete sextavado, de maneira similar ao paver, também é considerado um elemento utilizado como piso intertravado de concreto.

O fato de haverem 6 faces faz com que cada peça esteja contato com outras 6 peças, aumentando assim o atrito lateral entre elas e diminuindo a movimentação.

➡ Prós: Permeabilidade e conforto térmico, liberação imediata ao tráfego, facilidade de manutenção, fácil assentamento, alta durabilidade

➡ Contras: Peças defeituosas quando produzidas fora de ambiente fabril, instalação mais lenta, desplacamento quando há falhas na execução.

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