O concreto e o asfalto são os materiais utilizados na pavimentação de vias públicas para tráfego de pessoas e veículos, tendo cada um suas características específicas, vantagens e desvantagens.
Existem, entretanto, diferentes maneiras de se utilizar o concreto como pavimento, e entender as principais características e diferenças dos pavimentos rígidos de concreto e pavimento asfáltico ajudam a escolher qual é a melhor escolha para cada situação.
Por definição, pavimentação é a superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, assentados sobre um semi-espaço considerado teoricamente como infinito (infra-estrutura ou terreno de fundação) a qual é designada de subleito (Manual do DNIT, 2006).
Os tipos de pavimentação são classificados em rígidos, semi-rígidos (ou semi-flexíveis) e flexíveis, conforme suas características e como trabalham durante a fase de operação. O pavimento rígido, é portanto, aquele que apresenta movimentação baixa ou nula, e o flexível é capaz de acompanhar os movimentos térmicos sem a necessidade de juntas de dilatação.
O pavimento rígido é feito de concreto. É aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado (Manual do DNIT, 2006).
Dessa forma entende-se que em um pavimento rígido as cargas são absorvidas e suportadas pela camada de concreto, podendo esta ser armada ou não. Neste tipo de pavimento, é necessário, portanto, a execução de juntas de dilatação.
Para entender melhor a importância das juntas de dilatação, não só nos pavimentos rígidos, mas em qualquer estrutura de concreto, é preciso preciso estar familiarizado com o conceitos de movimentação térmica e elasticidade.
Todo material possui um coeficiente térmico, e isso significa dizer que na presença de calor eles podem se dilatar, e consequentemente, na ausência dele, contrair-se. A movimentação térmica de um material são justamente essas variações volumétricas devido à ação da temperatura. Em um elemento estrutural de concreto exposto ao sol, como um pavimento, estes efeitos são potencializados.
O conceito de elasticidade está relacionado, entre outras coisas, ao Módulo de Young (E) e diz respeito às tensões aplicadas e as deformações que ocorrem. Em um material rígido, como o concreto, as tensões provocam deformações permanentes (plásticas).
Em resumo: as movimentações térmicas, geradas pelas variações de temperaturas, geram tensões no concreto, que por não ser um material flexível, acaba sofrendo deformações plásticas (permanentes) como fissuras e trincas. As juntas de dilatação, são portanto, os pontos de alívio de tensão, e evita que hajam deformações excessivas e indesejadas nos elementos de concreto.
O asfalto é o material mais utilizado na pavimentação de vias de tráfego, principalmente devido às suas características de flexibilidade e facilidade de execução. Neste tipo de pavimento, diferentemente do pavimento rígido, as cargas são distribuídas nas camadas subjacentes e são suportadas pela fundação.
Em ambos os casos, a preparação de base, sub-base, leito e subleito são de fundamental importância, contudo, as falhas de dimensionamento e execução de fundação no pavimento flexível acabam sendo mais evidentes e acabam gerando maior manutenção ao longo do tempo de utilização.
Como o asfalto é um material flexível, não é necessário execução de juntas de dilatação e alívio de tensão. Essa característica conta a favor deste tipo de pavimento no tempo de execução, que também é acaba sendo mais rápido pela maior taxa de automatização do processo, utilizando-se de maquinário específico.
Os custos iniciais de um pavimento flexível também são menores quando comparados ao pavimento rígido. A manutenção de pavimento asfáltico, porém, é exponencialmente maior do que um pavimento rígido, que é praticamente nula.
Em uma categoria intermediária está o piso intertravado de concreto, que é classificado como um pavimento semi-flexível ou semi-rígido por incorporar características tanto dos pavimentos flexíveis como dos rígidos.
O piso intertravado de concreto consiste no uso de peças pré-moldadas de concreto para pavimentação, e um tipo de execução em que o atrito lateral entre as peças promove o intertravamento de toda a estrutura. Essas peças de concreto podem ter formatos diversos, sendo as mais comuns o paver e bloquete sextavado. Em Goiânia e região metropolitana também é possível encontrar denominações como tijolinho de concreto, bloquete de concreto e também a grafia “peiver”, que faz referente à maneira como é pronunciada.
Em termos de resistência, o piso intertravado compartilha características com o pavimento rígido em concreto. A resistência característica à compressão é obtida dentro de uma linha de produção fabril, com traços adequados e controle de qualidade de agregados. Em áreas de movimentação de veículos pesados o piso intertravado é uma ótima opção.
Em termos de elasticidade, por sua vez, o pavimento feito com piso intertravado de concreto é mais semelhante ao pavimento flexível. O modo de execução deste tipo de estrutura é feito de forma que as juntas laterais das peças promovem o travamento, contudo, também são pontos de alívio de tensão e permitem que o pavimento, como um todo, trabalhe de maneira similar ao pavimento flexível, sem a necessidade de juntas específicas como nos pavimentos rígidos.
A manutenção deste tipo de piso é considerada baixa, praticamente nula, quando comparado com o asfalto, sendo também um fator que deve ser levado em consideração na análise de viabilidade para a escolha do tipo de pavimento. Além disso, é possível substituir peças em eventuais intervenções sob o pavimento, o que não é possível fazer nos pavimentos rígidos.
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